quinta-feira, 16 de julho de 2015

Curso sobre Mediunidade Parte II



A PRECE

Em muitos momentos questionamos os atos de Deus. Contestamos a eficácia da prece, da oração. 
Este argumento não oferece lógica, porque mesmo que Deus não exista, mesmo que a prece não seja ouvida e muito menos atendida por alguém, só o fato de respirar, nos colocar em oração já é suficiente para trazer alívio, e bem estar a quem ora.

"A prece é orvalho divino que aplaca o calor excessivo das paixões. Filha primogênita da fé, elas nos encaminha para senda que conduz a Deus".

Não existe uma fórmula mágica para orar.

"O espiritismo reconhece como boas às preces de todos os cultos, quando ditas de coração e não de lábios somente".

A prece pode ser para pedir alguma coisa, para agradecer ou para glorificar. As preces feitas a Deus escutam-nas os Espíritos incumbidos da execução de suas vontades".

Quando Jesus nos disse: "tudo que pedirdes com fé, em oração, vós o recebereis" [Mateus-21:22], ao dizer isso, Jesus nos deu a maior dica de todas, que devemos orar, conversar com Deus, com nossos mentores de luz, que devemos sim, pedir, agradecer e louvar.

Como podemos ter intimidade com Deus, com nossos amigos espirituais, senão temos contato com Eles?

Geralmente nos lembramos da prece nos momentos de dificuldade, quando estamos em perigo ou desesperados, mas quando estamos bem, felizes sequer lembramos de agradecer.

Conversar com Deus todos os dias, a todo momento, em todos os instantes possíveis, no carro, no banho, no ônibus, indo ao trabalho, a escola, enfim, não precisamos de muito para falar com Deus, Ele está dentro de nós e não fora como muitos pensam.

Muitas vezes nos sentimos abandonados pelos amigos espirituais, mas fazemos nossa parte? Em muitas situações, em nosso desespero pedimos ajuda, e eles nos respondem através de sinais, de pequenos detalhes, mas infelizmente não ouvimos, não compreendemos, porque como não temos intimidade com esses amigos, não entendemos a linguagem que usam para falar conosco.

Não precisamos de preces decoradas, precisamos de palavras verdadeiras, que saiam do coração, do mais íntimo do nosso ser.

Ao fazer uma prece, conversar com Deus, criamos uma vibração energética de luz, de amor e paz, que nos envolve e a todo ambiente onde estamos. Através da prece, aprendemos estar presentes no agora, sentindo o que nos acontece, vivenciando as experiências, tendo em vista que em muitos momentos, estamos desconectados de nós mesmos, quem dirá de Deus. Vivemos presos ao passado, ou com ansiedade em um futuro que pode nem chegar...
Estar de fato no agora, vivendo o que precisamos, o que nos acontece, sentido tudo que é necessário sentir em cada situação é fundamental para evoluir e para nos conectar com nossa divindade.

Tire alguns minutos do seu dia, nos momentos em que estiver relaxado, calmo, sereno, para conversar com Deus, e nessa conversa, peça a Ele que faça com que você entenda a resposta, porque ela com certeza virá, de uma forma ou de outra.

Ter intimidade com Deus é fundamental para se espiritualizar e realizar a reforma íntima.

Que tal começar por hoje? Vamos orar?

"Deus, pai e mestre, amado Jesus, o Cristo, amigos espirituais que se interessam por nós, peço-vos por amor, que se aproximem de quem está lendo este texto neste momento, que vocês com toda equipe de luz, visitem as famílias dos leitores deste blog, que todos, sem exceção recebam Tua misericórdia. 
Que as dores sejam curadas, que as mágoas sejam purificadas, que o desamor se transforme em amor. Do fundo da minha alma, e do meu coração eu vos peço, abençoa cada lar, cada individuo, cada família, do nosso país, quebrantando os corações sofridos, alegrando os corações deprimidos, trazendo luz e amor para cada ser humano encarnado e desencarnado do Planeta Terra.
Tenha compaixão de nós, Pai! Faz-nos sentir Tua presença ao nosso lado, agora e sempre!"

Assim é, e assim será!
Paz e Luz!

Gisele Xavier



terça-feira, 14 de julho de 2015

Curso sobre Mediunidade Parte I

A Mediunidade através dos tempos

Estudando as civilizações da Terra, observamos que a mediunidade tem-se manifestado, em todos os tempos e em todos os lugares, desde as mais remotas épocas. A crença na imortalidade da alma e a possibilidade da comunicação entre os vivos e os mortos sempre existiu.
Ao observarmos o passado, evocando a lembrança das religiões desaparecidas, das crenças mortas, veremos que todas elas tinham um ensinamento dúplice: um exterior ou público, com suas cerimônias bizarras, rituais e mitos, e outro interior ou secreto revestido de um caráter profundo e elevado. Os aspectos exteriores eram levados ao povo de um modo geral, enquanto que o aspecto interior era revelado apenas a indivíduos especiais. Chamados "iniciados" por algumas religiões, estes eram preparados desde a infância às vezes por 20 a 30 anos.
Julgar uma religião, apenas levando em consideração o seu aspecto exterior, será o mesmo que apreciar o valor moral de uma pessoa por suas vestes. Analisando o aspecto interior destas religiões, observaremos que todos os ensinamentos estão ligados entre si como uma única doutrina básica, que os homens trazem intuitivamente, desde um passado longínqua.

Índia

Na índia, berço de todas as religiões da Humanidade temos o Livro dos Vedas, datado de aproximadamente 1.500 a. C., que tem sido reconhecido como o mais antigo código religioso da Humanidade;são quatro livros cujo conteúdo principal são cânticos de louvor. Os Brâmanes, seguidores dos Vedas, acreditam que este código religioso foi ditado por Brahma. Nos Vedas encontramos afirmativas claras sobre imortalidade da alma e a recriação:
"Há uma parte imortal no Homem, o Agni, ela é que é preciso rescaldar com teus raios, inflamar com os teus fogos(...).
(...) Assim como se deixam as vestes gastas, para usar novas vestes, também a alma deixa o corpo usado para recobrir novos corpos."
Ainda na Índia, encontramos Krishna, educado por ascetas nas florestas do cume do Himalaia, inspirador de uma doutrina religiosa, na verdade um reformulador da Doutrina Védica. Ele deixa clara a ideia da imortalidade da alma, as reencarnações sucessivas, e a possibilidade de comunicação entre vivos e mortos:
"O corpo envoltório da alma, que nele faz sua morada, é uma coisa finita, porém a alma que o habita é invisível, imponderável e eterna”.
"Todo renascimento feliz ou infeliz é consequência das obras praticadas em vidas anteriores”.

Estes são alguns aspectos dos ensinamentos de Krishna, que podem ser encontrados nos livros sagrados, conservados nos santuários ao sul do Industão.
Também na Índia, 600 a.C., vamos encontrar Siddartha Gautama, o Buda, filho de um rei da Índia, que certo dia saindo do castelo, onde até então vivera, tem contato com o sofrimento humano e, sendo tomado de grande tristeza, refugia-se nas florestas frias do Himalaia e, depois de aproximadamente 15 anos de meditação, retorna trazendo para a Humanidade uma nova crença, toda baseada na caridade e no amor:
"Enquanto não conquistar o progresso (Nirvana) o ser está condenado à cadeia das existências terrestres”.
"Todos os Homens são destinados ao Nirvana”.
Buda e seus discípulos praticavam o Dhyana, ou seja, a contemplação aos mortos:
"Durante este estado, o Espírito entra em comunicação com as almas que já deixaram a Terra”.

Egito

No Egito, o culto aos mortos foi muito praticado. As Ciências psíquicas atuais eram familiares aos sacerdotes da época; o conhecimento das formas fluídicas e do magnetismo eram comuns. O destino da alma, a comunicação com os mortos, a pluralidade das existências da alma e dos mundos habitados eram, para eles, problemas solucionados e conhecidos. Egiptólogos modernos, estudando as pirâmides, os túmulos dos faraós, os papiros, deixam claro todos estes aspectos reconhecendo a grande sabedoria deste povo. Como em outras religiões, apenas os iniciados conheciam as grandes verdades, o povo, por interesse de poder dos soberanos, praticamente mantinha-se ignorante a este respeito.

China

Na China, vamos encontrar Lao-Tsé e Confúcio, 600 a 400 a.C., que com os seus discípulos (iniciados), mantinham no culto dos antepassados a base de sua fé. Neste culto, a ideia da imortalidade e a possibilidade da evocação dos mortos era clara.

Israel

Cerca de 15 séculos antes de Cristo, Moisés, o grande legislador hebreu, observando a ignorância e o despreparo de seu povo, procura através de uma lei disciplinar, educar os hebreus com relação a evocação dos mortos. Se houve esta proibição, é claro que a evocação dos mortos era comum entre este povo da Antiguidade. Moisés assim se referiu:
"Que ninguém use de sortilégio e de encantamentos, nem interrogue os mortos para saber a verdade”.
Não havia chegado o momento para tais revelações.

Estudando a vida de Moisés, vemos que ele era possuidor de uma mediunidade fabulosa que possibilitou o recebimento dos "Dez Mandamentos", no Sinai, que até hoje representa a base dos códigos de moral e ética no mundo.

Grécia

Na Grécia, a crença nas evocações era geral. Vários filósofos, desta progressista civilização, se referem a estes fatos: Pitágoras (600 a.C.) Astófanes, Sófocles (400 a.C.) e a maravilhosa figura de Sócrates (400 a.C.). A idéia da unicidade de Deus, da pluralidade dos mundos habitados e da multiplicidade das existências era por eles transmitidas a todos os seus iniciados. Sócrates, o grande filósofo, aureolado por divinas claridades espirituais, tem uma existência que em algumas circunstâncias, aproxima-se da exemplificação do próprio Cristo:

"A alma quando despida do corpo, conserva evidentes, os traços de seu caráter, de suas afeições e as marcas que lhe deixaram todos os atos de sua vida."

Jesus

Jesus, o Médium de Deus, teve sua existência assinalada por fenômenos mediúnicos diversos. O Novo Testamento traz citações claras e belas de mediunidade em suas mais diferentes modalidades.

Idade Média

A Idade Média foi uma época em que o estudo mais profundo da religião era praticado apenas por sociedades ultra-secretas. Milhares de vidas foram sacrificadas sob a acusação de feitiçaria, por evocarem os mortos.
Nesta época, tão triste para a Humanidade, em vários aspectos, podemos citar como uma grande figura, Joana D'arc, que guiando o povo francês, sob orientação de "suas vozes", deixou claro a possibilidade da comunicação entre os vivos e os mortos.

O Espiritismo

Foi no século XIX (1848), na pacata cidade de Hydesville, no estado de New York (EUA), na casa da família Fox, que o fenômeno mediúnico começaria a ser conhecido em todo o mundo.
Chegara o momento em que todas as coisas deveriam ser restabelecidas. Foi quando surgiu no cenário terrestre, aquele que deu corpo à Doutrina dos Espíritos: Hippolyte Léon Denizard Rivail, ou Allan Kardec, como ficou conhecido.
Em 1855, com a idade de 51 anos, Kardec iniciou um trabalho criterioso e científico sobre o fenômeno mediúnico e após alguns anos de estudos sistematizados lançou, em 18 de abril de 1857, O Livro dos Espíritos; em 1859 - O Que é o Espiritismo; em 1861 - O Livro dos Médiuns; em 1864 - O Evangelho Segundo o Espiritismo; em 1865 - O Céu e o Inferno; e em 1868 - A Gênese.
Graças ao sábio lionês tivemos a Codificação da Doutrina Espírita reconhecida como a Terceira Revelação, o Consolador prometido por Jesus.





terça-feira, 19 de maio de 2015

Curso sobre Mediunidade!



Na próxima sexta-feira, dia 21 de maio, começarei um curso on-line sobre mediunidade.
Serão vídeo-aulas, com conteúdos da doutrina espírita, onde poderemos aprender juntos sobre este tema tão importante e que nos causa tantas dúvidas.
Vocês poderão participar após cada aula, enviando suas dúvidas por aqui, ou pela página Quando a Alma Pergunta no facebook.
Toda semana teremos novos temas, todos compreendendo os assuntos sobre mediunidade e espiritualidade.
Espero que todos gostem e participem!

Paz e luz!

Gisele Xavier

terça-feira, 6 de janeiro de 2015


As subjetividades da vida


Passamos todo nosso tempo nos preocupando com desculpismos, medo, culpa, ilusões, ao invés de viver!
A vida se apresenta repleta de subjetividades, linguagens simbólicas, que nos trazem para um mundo que não é real, que nos impede de fazer escolhas, de refletir e verdadeiramente manifestarmo-nos nesta Terra.
São tantas as desculpas, falta de trabalho, de amor, de dinheiro, de fé, de coragem, que nos perdemos no caminho da existência, e acabamos por colocar a culpa de nossos fracassos em nossos semelhantes. 
Nosso medo de viver, de nos mostrar como somos a todos, nos levam a construir inúmeras máscaras que no decorrer da vida tentamos a todo custo, destruir!
Mas como saber qual dela representa nosso verdadeiro Eu? Eis aí, o grande problema existencial da humanidade, descobrir quem somos, de onde vivemos e para onde vamos...
São tantas as peças, as histórias que criamos que nos perdemos neste emaranhado de relações que é viver. Sim, viver é criar redes, fazer parte de grupos sociais, religiosos, científicos, acadêmicos, enfim, nos tornamos o que a sociedade espera de nós, e aqueles que teimam em ser reais, em deixar de ser bonecos, marionetes desta trama negativa que nos consome e aprisiona, são taxados como "alienados" muitas vezes.
O que chamamos de subjetividades da vida, nada mais são do que nossos muitos "eus", mascarados tentando sobreviver, lutando um contra o outro para defender espaço, tentando descobrir qual deles é o mais forte.
Somos partes de um Todo indivisível, perfeito, que em suas particularidades se torna uma só essência, uma só alma, um só amor. Não precisamos abrir mão das subjetividades, precisamos aceitá-las, compreendê-las, caminhar junto delas, entendendo que elas não devem nos dominar, mas nos devemos dominá-las para construir um caminho saudável de evolução.
Somos o que sentimos, o que pensamos, o que falamos, mas principalmente somos o que fazemos. Nossas atitudes demonstram para o Universo e todos os seres que nele habitam nossa singularidade, dentro deste contexto enorme que se chama: vida!
Temos em nós o Sol, o brilho de ser filho de Deus, de cocriar com Ele, de produzir emoções iluminadas, de ser luz para tantos outros, muitas vezes tão próximos, tão queridos, ou não...
Somos também Lua, porque podemos ser iluminados pelos nossos mais iguais. Não podemos nunca brilhar sozinhos, evoluímos em comunidade, então por que tanto medo? Tanta desigualdade? Tanta competição entre nós, irmãos? Eu dependo de vocês, vocês dependem de mim, nossas formas pensamento negativas, nossos comportamentos egoísticos estão deteriorando a energia do nosso Planeta Azul. 
Atraímos o que nos é igual, portanto, saia da subjetividade, seus percalços são colheitas do seu próprio plantio, ao invés de reclamar e lamuriar o que não tem, reclamar o que perdeu e choramingar pelos revezes que a vida lhes impõe, creia! Brilhe! Deixe sua luz brilhar! Olhe-se como nunca olhou antes e permita-se ser verdadeiramente quem você é  -  Um ser repleto de possibilidades de felicidade e de fazer feliz porque Deus te criou para ser amor, paz e bem.
Que o subjetivo que há em você sirva apenas para parafrasear e escrever poesias, textos conotativos, nada além disso, que suas subjetividades se iluminem e te permitam ser feliz, porque quem vive na mentira,  na ilusão do ser o que não se é, sofre por toda uma vida e perde a grande oportunidade de sorrir!

Paz e Luz!

Gisele Xavier

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015



Nosso Blog Quando a Alma Pergunta virou um livro!

Está disponível em ebook. Basta acessar o link a seguir para comprar:

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Mude! Mesmo que doa...



Todos nós temos um conjunto de hábitos, crenças, valores, uma atitude, enfim, que está sempre se modificando. Toda vez que esse movimento nos traz algum tipo de dor ou desconforto, é hora de mudar. Mudar de atitude, mudar a postura diante da vida, a maneira de ver ou fazer. Mas o medo da mudança faz com que nos adaptemos à situação de desconforto para que tudo continue como antes, gerando assim toda sorte de descompasso.
Quando tomamos consciência da necessidade de mudança, parte da nossa experiência será queimar estoques de ideias que não são mais uteis. Teremos, assim, de viver um longo período de luto e luta na perda de tais mecanismos ou os transformaríamos em "uma massa flutuante, um monte inconsciente de virtualidades impessoais, um banco de nuvem sombrio prestes a derramar-se em uma chuva de dor sobre aqueles que não sabem reconhecê-la". O novo produz tanta ansiedade como o velho; mesmo costurado na dor, assenta melhor do que a roupa nova com tudo o que ela pode sugerir.
Mudanças são necessárias, mas precisam de transição para que as aceitemos. Conta-se que, num reino de guerra, havia um monarca que causava espanto. Cada vez que fazia prisioneiros, não os matava, mas os levava a uma sala onde havia um grupo de arqueiros em um canto e uma imensa porta de ferro no outro lado, e que nessa porta havia gravuras de caveiras cobertas com sangue. Então o rei fazia que eles ficassem em círculos e dizia: "Vocês podem escolher: morrer flechados por meus arqueiros, ou passar por aquela porta e suportar o que lá encontrarem. Todos os que por ali passaram escolheram morrer pelas mãos dos arqueiros". Ao término da guerra, um soldado que por muito tempo havia servido ao rei inquiriu-lhe sobre tal porta, ao que o rei respondeu-lhe: "Vá e veja". O soldado abriu vagarosamente a porta, cheio de receios, e deparou com raios de sol, um jardim magnífico e a liberdade.
Quantas portas nós temos deixado de abrir?
Vamos refletir...

(Texto extraído do livro: A sombra não assombra de Miriam Salete)

segunda-feira, 5 de maio de 2014


Sintonizando com o espírito materno!



No mês onde comemora-se o dia das mães, vamos refletir sobre como ocorre a sintonia do espírito reencarnante com a futura mamãe.

Ao perceber que a hora de voltar à vida terrena se aproxima, o espírito conscientiza-se da necessidade de preparar-se para renascer inciando um processo de preparação e orientação para reencarnar.
No plano espiritual existe um espaço destinado a acolher esses espíritos que se preparam para o regresso. Como as nossas maternidades aqui se preparam para receber os novos bebês, no astral, eles preparam-se para enviá-los a nós.
Alguns espíritos, por medo do que irão vivenciar na matéria, devido aos seus débitos passados, relutam em não voltar, recusam receber o preparo necessário para a futura reencarnação, nestes casos, eles "não querem" voltar, porque tem medo! Em situações assim, esses espíritos passam por um torpor que os impele a voltar compulsoriamente, como se morressem para a vida espiritual, vão se condensando até renascer sem passar por um preparo maior.
O organismo feminino vai abrigar esse espírito, as ligações afetivas ou os desafetos do passado, presos emocionalmente pelos vínculos energéticos, atraem a entidade ao campo vibratório da futura mãe.
Além da ligação espontânea, as equipes especializadas passam a dar assistência e promover a progressiva ligação fluídica do espírito como os fluídos perispirituais da futura mãe.
Dessa aproximação vibratória do espírito à "candidata" a recebê-lo origina-se uma crescente interpretação fluídica entre ambos.
Estabelece-se um intercâmbio energéticos nas duas direções, com efeitos bilaterais. O espírito vê-se envolvido na malha energética que o prende suavemente, como que expressando um convite ao regaço materno.
Do lado materno surge muitas vezes o desejo progressivo de engravidar, em função do estímulo psíquico gerado pela presença do futuro filho já ligado superficialmente à sua aura espiritual. Emmanuel, no livro Vida e Sexo, faz alusão ao desejo de engravidar, motivado pelas ligações da entidade ao campo fluídico da futura mãe. 
No perispírito materno ou psicossoma, a região que se especializa nesse processo é o Centro de Força Genésico, também conhecido como Chackra Genésico, já há milhares de anos pelos espiritualistas orientais. Apesar de o termo Centro de Força Genésico ser o referido pelos orientadores espirituais, utilizaremos a expressão Chakra Genésico pela praticidade da mesma e porque, historicamente, foi a primeira a ser criada.
O Chakra Genésico é o centro de distribuição de fluidos espirituais e energia vital do plano extrafísico para todo aparelho reprodutor. Controla não só o mecanismo da reencarnação, mas também todo o aparelho sexual do corpo físico. É um dos sete Chakras principais do corpo espiritual de todo ser humano encarnado.
As ligações energéticas do espírito em vias de reencarnar, que estavam ligadas superficial e globalmente ao perispírito materno, passam em um segundo estágio a se afunilar progressivamente, dirigindo-se para a região do aparelho reprodutor feminino, estabelecendo ligação mais forte com o Chakra Genésico especializado para essa função.
A essa altura, o envolvimento ainda não se efetua em nível de corpo biológico materno, mas os fluídos do espírito já buscam adentrar à matéria, irradiando sobre as células físicas pela sua simples presença.
No momento seguinte, a ligação da entidade reencarnante fará por meio de suas expansões energéticas ao fluido vital do óvulo materno. Como sabemos, todas as células vivas irradiam um campo energético decorrente da presença dessa energia vital nelas existente.
Essa energia vital é a que confere o princípio vital, ou princípio de vida, a todos os seres biologicamente estruturados.
A semelhança semimaterial, ou energética, entre o fluido vital do óvulo e os fluidos perispirituais da entidade reencarnante é que permite a ponte necessária para se estabelecer a conexão indispensável à imantação do óvulo.
Contudo, já podemos observar agora o óvulo ainda não fecundado, magnetizado pelo envolvimento dos fluidos perispirituais do nosso personagem principal: o espírito reencarnante. O óvulo assim magnetizado, permanece irradiando, refletindo as energias do espírito. Passará a espelhar o padrão energético que traduz a real situação evolutiva do espírito. Conforme seu adiantamento moral e intelectual, expressará uma determinada frequência de onda em suas vibrações, que se refletirão nas energias que o óvulo irá irradiar, envolvido por essa influência.

(Texto retirado do livro: Gestação de Ricardo Di Bernardi, p. 37-39, cap. 5. 2010).

Se pararmos para refletir sobre o texto de Bernardi, no livro Gestação, perceberemos o quanto a espiritualidade é minuciosa nos processos de reencarnação.
Antes da mulher engravidar na matéria ela engravida no espírito, ou seja, espiritualmente mãe, pai e bebê criam vínculos afetivos oriundos de vidas passadas que podem ser pautadas em situações positivas ou em débitos do passado. Por tanto, a mãe atrairá para fecundar seu óvulo o espermatozoide que mais se identificar com as características necessárias para que aquele espírito que precisa reencarnar por meio desta mãe e deste pai possa se desenvolver.
A ligação se dá muito antes da concepção propriamente dita, por isso, muitas mães sonham que estão grávidas antes de saber que estão, sonham com seus filhos, as vezes maiores que um bebê, encontram-se, conversam, fora em casos onde o espírito não aceita reencarnar e precisa voltar "à força", compulsoriamente.
O espírito no plano astral ao se preparar para o regresso, passa por uma etapa de condensação, diminuição de seu corpo fluídico, tal como se tornasse um bebê, durante a gestação vai esquecendo-se do que viveu e o do que irá viver,  acostumando-se a esta nova oportunidade de vida. Por este motivo é tão importante que a mãe e o pai conversem com o filho ainda no ventre, ou até mesmo antes da gravidez, preparando-o para esta nova etapa que para ele não será nada fácil.
Ser mãe é muito mais que conceber um filho, é conceder a um espírito milenar uma nova chance de evoluir e ser melhor! É uma grande responsabilidade, e por isso, Deus concedeu este dom as mulheres, que muitas vezes têm a dádiva de serem mães, mesmo sem gerar filhos em seu ventre, as vezes Deus utiliza outros ventres para oportunizar a maternidade aquelas que realmente vieram preparadas para ser, entender e viver na plenitude o que é ser MÃE!

Feliz Dia das Mães! Paz e Luz!